sábado, 6 de junho de 2009

FAB encontra corpos e destroços de avião da Air France

Reuters - 06/06/2009 15:21

Por Fernando Exman

RECIFE (Reuters) - A Força Aérea Brasileira informou ter encontrado na manhã deste sábado dois corpos e destroços do Airbus A330 da Air France, desaparecido na noite do último domingo quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris com 228 pessoas a bordo.

"Hoje pela manhã, às 8h14, tivemos a confirmação do resgate na água de peças e corpos que pertenciam ao voo da Air France," disse a jornalistas o coronel Jorge Amaral, vice-chefe da Comunicação Social da FAB.

Os dois corpos encontrados são do sexo masculino.

Entre os objetos achados, estão uma poltrona azul com número de série e coloração igual aos usados pela Air France, uma mochila com cartão de vacina e uma pasta de couro com um bilhete da Air France. O trabalho de coleta foi feito pela Marinha.

"Estamos aguardando da Air France se essa poltrona corresponde à aeronave. Porém, a coloração é das aeronaves da Air France," explicou o coronel.

Quanto ao bilhete, sublinhou Amaral, não há dúvidas.

"Foi confirmado com a Air France o número da reserva desse bilhete. Foi passado para a Air France e foi citado um nome que constava da lista, porque nós não tínhamos a relação de passageiros desaparecidos," complementou.

"O nome coincidiu com o nome que foi encontrado nessa maleta."

As buscas continuam durante a tarde deste sábado. Por volta das 19h, a FAB fará outra entrevista coletiva para dar mais detalhes das buscas.

"Outros equipamentos foram encontrados, como máscara de passageiros e mais outros materiais que estão sendo recolhidos," disse Amaral.

Os corpos e os materiais recolhidos foram encontrados a cerca de 900 quilômetros de Fernando de Noronha, aonde chegarão no domingo para a identificação inicial. Depois, deverão ser transferidos para o Recife.

Na sexta-feira, agentes da Polícia Federal recolheram material de parentes hospedados em hotel no Rio de Janeiro para a realização de exames de DNA que poderão identificar as vítimas.

O voo AF 447 tinha 216 passageiros de 32 nacionalidades, incluindo sete crianças e um bebê. Segundo a Air France, 61 eram franceses, 58 brasileiros e 26 alemães. Dos 12 tripulantes, um era brasileiro e os demais franceses.

(Edição de Aluísio Alves)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Airbus faz alerta a companhias aéreas após queda de Air France

REUTERS // REUTERS

Por Crispian Balmer

Fonte: MSN NOTÍCIAS

PARIS (Reuters) - A Airbus divulgou procedimentos a serem seguidos caso a tripulação suspeite de falhas nos indicadores de velocidade das aeronaves, sugerindo que um defeito técnico pode ter sido preponderante no acidente desta semana com um avião da Air France na rota Rio-Paris.

Mensagens de emergência enviadas durante três minutos antes da queda indicam que havia uma inconsistência entre diferentes velocidades aferidas pelos instrumentos logo depois que o avião entrou em uma zona de tempestade, de acordo com especialistas.

A mensagem da Airbus foi enviada a todos os proprietários do modelo A330 na noite de quinta-feira. Uma fonte do setor disse que alertas desse tipo só são enviados quando investigadores de acidentes aéreos estabelecem fatos que consideram ser importantes o suficiente para serem imediatamente divulgados às empresas.

Um porta-voz da Airbus disse nesta sexta-feira que o alerta a seus clientes não implica que os pilotos da aeronave acidentada tenham feito algo de errado ou que uma falha de projeto tenha causado o desastre.

O avião da Air France supostamente caiu ao passar por uma zona de forte turbulência no meio do Atlântico. Havia 228 pessoas a bordo. A FAB visualizou destroços no mar a cerca de 1.100 quilômetros da costa do Nordeste, que segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, seriam do avião.

As equipes de resgate encontraram vários destroços boiando espalhados num trecho de 90 quilômetros, e barcos presentes na área estão tentando recolhê-los para se certificar de que o avião realmente caiu naquela área. Uma primeira parte recolhida pela Marinha, no entanto, foi descartada como sendo do AF 447.

Mais de 300 modelos A330-200, igual ao da Air France, operam no mundo todo. Os investigadores não sabem se realmente ele chegou à zona de tempestade com velocidade errada. Um especialista em aviação, que pediu anonimato, disse que os sensores de velocidade se baseiam na pressão do ar e podem apresentar leituras incorretas se forem obstruídos por objetos como o gelo.

Mas o equipamento é aquecido para evitar o congelamento, e não há informações precisas sobre qualquer falha. Se os pilotos tiverem confiado em leituras imprecisas, podem ter alterado equivocadamente a velocidade, prejudicando a estabilidade do voo.

A Airbus disse que o procedimento correto quando há indicadores de velocidade duvidosos é manter a força dos motores e começar uma verificação.

A mensagem da Airbus reabre um antigo debate entre pilotos sobre uma suposta complexidade excessiva dos aviões da empresa.

"Este é um avião que foi concebido por engenheiros, para engenheiros, e nem sempre para pilotos", disse Jean-Pierre Albran, veterano piloto de Boeings 747, ao jornal Le Parisien.

"Por exemplo, num 747, o acelerador é empurrado manualmente. Você sente ele se mexer na turbulência. Nos Airbus recentes, o acelerador é fixo. Você olha nos indicadores. Não sente nada."

Especialistas em aviação especulam que o avião da Air France tenha sido derrubado por uma conjunção de fatores, entre eles a turbulência e o mau tempo. As autoridades minimizam a hipótese de terrorismo.

(Reportagem adicional de Fernando Exman em Recife e Brian Ellsworth no Rio)

terça-feira, 2 de junho de 2009

FAB detecta destroços que podem ser do voo 447

02/06/2009 - 09:37 (atualizada em 02/06/2009 09:55)

Fonte: Abril.com

Poltrona de avião e manchas de óleo foram avistadas; ainda é preciso coletar pedaços e analisá-los para confirmar origem

Aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) detectaram destroços durante as buscas pela aeronave da Air France que desapareceu no trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris, informou representante da FAB em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (2).


Durante a madrugada, radar do avião R-99, que decolou de Fernando de Noronha no fim da noite de segunda (1) para fazer varreduras, identificou por volta da 1h indícios de materiais metálicos e não metálicos flutuando no oceano. “As posições desses retornos foram marcadas por coordenadas e motivaram o replanejamento das buscas concentrando-se agora 650 km a nordeste de Fernando de Noronha”, informou representante da FAB nesta manhã.

Aeronaves C-130 que também sobrevoaram a região avistaram, por volta das 5h30, materiais em dois pontos: uma poltrona de avião, pequenos pedaços brancos, uma boia laranja, um tambor, além de vestígios de óleo e querosene.

De acordo com a FAB, ainda não é possível confirmar que o material encontrado é da aeronave desaparecida. Para a confirmação, é necessário que uma peça seja retirada do local e que nela haja alguma identificação da companhia aérea.

Histórico
O voo AF 447 da Air France, operado por um Airbus A 330-200, desapareceu com 228 pessoas a bordo depois de decolar do Rio às 19h de domingo (31). A chegada na capital francesa estava prevista para as 6h15 (de Brasília), segundo a empresa.

A companhia informou que localizou a zona onde ocorreu a tragédia. Segundo comunicado, o desastre aconteceu a meio caminho das costas do Brasil e da África. O governo brasileiro participa das buscas com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e navios da marinha.

A expectativa de encontrar sobreviventes, no entanto, é muito pequena. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, visitou o aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, onde o avião deveria chegar, e declarou que o acontecido "é um acidente trágico. As chances de serem encontrados sobreviventes são muito pequenas".

Dentre 228 os passageiros, 126 são homens, 82 mulheres, além de sete crianças e um bebê. Dos tripulantes, três são responsáveis pela condução da aeronave e 12 pelo atendimento aos passageiros.

A Air France informou que não vai divulgar a lista oficial com os nomes dos passageiros até contatar todas as famílias. No entanto, a companhia já afirmou que havia 58 brasileiros no voo. Este número diverge do divulgado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que disse haver 57 pessoas do Brasil no avião.


Veja lista dos brasileiros confirmados no vôo 447

Fonte: Abril.com

A lista oficial de passageiros presentes no vôo 447 da Air France que desapareceu quando ia do Rio de Janeiro para França ainda não foi divulgada. De acordo com a Air France, 58 eram brasileiros, mas a companhia afirmou que só vai divulgar os nomes após contatar as famílias de todos os passageiros.

A quantidade de brasileiros embarcados ainda pode aumentar, uma vez que 16 pessoas continuam sem nacionalidade determinada até o momento, informa a ANAC. No entanto, já há confirmação de alguns dos ocupantes da aeronave por parte de familiares e empresas. Confira os nomes divulgados até agora:

Adriana Francisco Siujs
Jornalista que trabalha na assessoria da presidência da Petrobras

Ana Carolina Rodrigues
Integrante da organização não governamental Viva Rio, trabalha no projeto Crianças e Jovens em Violência Armada Organizada.

Antônio Gueiros
Outro brasileiro que trabalhava para a Michelin era o diretor de Informática da companhia. A Michelin informou que os brasileiros seguiam para uma reunião na unidade da cidade francesa de Clermond-Ferrand.

Deise Possamai
Fiscal da Prefeitura de Criciúma, em Santa Catarina.

Izabela Maria Furtado Kestler
Professora da UFRJ do Departamento de Letras Anglo-Germânicas

João Marques da Silva Filho
Engenheiro mecânico de 67 anos, gerente do Estaleiro Atlântico Sul, em Recife

Luis Cláudio Monlevad
Empregado da empresa de tubulações Saint-Gobain

Luiz Roberto Anastácio
Três executivos da companhia francesa Michelin estavam no voo. Segundo a empresa, um deles era o presidente da Michelin para a América do Sul.

Marcelo Parente e esposa
A assessoria da imprensa da prefeitura do Rio de Janeiro informou que o chefe de gabinete do prefeito Eduardo Paes, Marcelo Parente, de 38 anos, e sua mulher, cujo nome não foi divulgado, estavam no voo. Eles viajavam a passeio.

Otávio Augusto Antunes
Professor da UFRJ do Instituto de Química

Pablo Dreyfuss
Pesquisador especializado no controle de armas integrante da organização não governamental Viva Rio.

Pedro Luis de Orleans e Bragança
O príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança, de 26 anos, é o quarto na linha sucessória do trono e membro da família imperial brasileira. Segundo informações da assessoria de imprensa da família, o príncipe morava em Luxemburgo e retornava à Europa após uma viagem a negócios ao Brasil.

Roberto Corrêa Chem e família
Médico chefe do Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa de Porto Alegre. Sua mulher, Vera Chem, e a filha, Letícia Chem, também estavam no avião.

Silvio Barbato
A Secretaria de Cultura do Distrito Federal confirmou que o maestro estava a bordo do Airbus A330. Barbato já foi regente das Orquestras Sinfônicas do Teatro Nacional de Brasília e do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Avião desapareceu quando sobrevoava o Oceano Atlântico

Histórico
O voo AF 447, operado por um Airbus A 330-200, desapareceu com 228 pessoas a bordo depois de decolar do Rio às 19h de domingo (31). A chegada na capital francesa estava prevista para as 6h15 (de Brasília), segundo a empresa.

Dentre os passageiros, 126 são homens, 82 mulheres, além de sete crianças e um bebê. Dos tripulantes, três são resposáveis pela condução da aeronave e 12 pelo atendimento aos passageiros.

A companhia informou que já localizou a zona onde ocorreu a tragédia. Segundo comunicado, o desastre aconteceu a meio caminho das costas do Brasil e da África. O governo brasileiro participa das buscas com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e navios da marinha.

Buscas por avião da Air France no Atlântico entram no 2o dia

Por Estelle Shirbon e Pedro Fonseca

02/06/2009 09h 17m

Fonte: O Globo

PARIS/RIO DE JANEIRO (Reuters) - Três aviões da Força Aérea Brasileira decolaram nas primeiras horas desta terça-feira para dar prosseguimento às buscas do avião da Air France que desapareceu no oceano Atlântico após decolar do Rio de Janeiro no domingo com destino a Paris.

Mais de 24 horas após o último contato com autoridades brasileiras, as chances de encontrar sobreviventes do AF 447, que decolou com 228 pessoas a bordo, são mínimas, segundo autoridades.

As três aeronaves Hércules C-130 decolaram às 3h45, 4h e 4h40 para prosseguir as buscas sobre o oceano após dois outros aviões militares terem retornado à ilha de Fernando de Noronha, localizada a 545 quilômetros da costa de Recife, sem qualquer sinal do Airbus A330.

"Neste momento três aeronaves C-130 estão realizando as buscas em áreas diferentes do Atlântico. Uma quarta aeronave tem decolagem prevista ainda para esta manhã", disse por telefone uma assessora da FAB em Brasília.

Um avião francês Falcon 50 e uma aeronave norte-americana P-3 também foram colocadas à disposição para auxiliar nas buscas nesta terça-feira, segundo a FAB.

"O P-3 ficará em Natal à disposição das autoridades brasileiras", acrescentou.

Navios das Marinhas do Brasil estão a caminho da região onde se concentram as buscas, a norte de Fernando de Noronha, numa área que foi reavaliada em função das correntes marítimas, segundo a FAB. Embarcações da França também participam das buscas a partir da costa oeste da África.

A TAM informou na noite de segunda-feira que a tripulação de uma avião que voltava da Europa para o Brasil havia avistado "pontos luminosos" no oceano a uma distância de 1.300 quilômetros de Fernando de Noronha. A FAB, no entanto, informou que uma embarcação francesa não encontrou sinais do avião na localização informada.

O avião da Air France passou por forte turbulência quatro horas após decolar do Rio, e 15 minutos depois enviou uma mensagem automática reportando problemas elétricos e despressurização.

Especialistas em aviação afirmam não ter informações suficientes para entender como o voo AF 447 pode ter desaparecido sem deixar qualquer sinal de alerta ou pedido de ajuda.

"Todos as hipóteses devem ser examinadas", disse o ministro da Defesa da França, Herve Morin, à rádio Europe 1.

"Não podemos descartar um ato terrorista já que o terrorismo é a maior ameaça às democracias ocidentais, mas nesse momento não temos qualquer elemento indicando que tal ato tenha causado esse acidente", acrescentou.

Se não forem encontrados sobreviventes, esse será o pior acidente nos 75 anos de história da Air France, com mais mortos que a queda de um Concorde em 2000.

O voo AF 447 tinha 216 passageiros a bordo de 32 nacionalidades, incluindo sete crianças e um bebê. Segundo a Air France, 61 eram franceses, 58 brasileiros e 26 alemães. Dos 12 tripulantes, um era brasileiro e os demais franceses.

Parentes das vítimas no Rio e em Paris receberam atendimento psicológico fornecido pela empresa francesa.

CORRIDA CONTRA O TEMPO

Segundo o ministro francês Jean-Louis Borloo, está sendo travada uma "corrida contra o tempo" para encontrar as duas caixas-pretas da aeronave e descobrir as razões da tragédia.

As duas caixas-pretas, que registram as conversas da cabine e dados do voo, emitem sinais durante 30 dias.

O emissor submarino pode ser captado num raio de 1 quilômetro, segundo o secretário dos Transportes francês, Dominique Bussereau, mas o sinal dificilmente é percebido além dos 3.000 quilômetros de profundidade.

De acordo com a FAB, "as buscas têm como ponto central o momento em que o voo AF 447 enviou uma mensagem automática sobre problemas técnicos" quatro horas após decolar.

A Air France registrou uma mensagem automática da aeronave às 23h14 de domingo (horário de Brasília) informando um curto-circuito após ter enfrentado forte turbulência.

O último contato do avião por rádio com as autoridades brasileiras aconteceu às 22h33, a 565 quilômetros de Natal.

O voo AF 447 partiu do Aeroporto Internacional Tom Jobim às 19h30 de domingo, segundo a FAB, e deveria pousar no Charles de Gaulle (Paris) às 11h15 de segunda-feira (6h15 em Brasília).

A última localização do avião é desconhecida. Às 22h48, quando a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta 3, as informações indicavam que o avião voava normalmente a 35.000 pés (11 quilômetros) de altitude e a uma velocidade de 840 km/h, segundo a FAB.

O controle do tráfego aéreo em Dacar disse que o voo AF 447 não chegou a aparecer nos radares da África. Em sua rota a partir do Nordeste do Brasil, o avião teria de passar por uma área de instabilidade conhecida como Zona de Convergência Intertropical.

(Edição de Maria Pia Palermo)

Brasileiro registra apreensão em turbulências de vôo a Paris


Lúcia Jardim


Direto de Paris

Fonte: Terra notícias


Foi tranquilo o segundo vôo Air France que aterrissou na França vindo do Brasil depois que o vôo AF 447, que ligava o Rio de Janeiro a Paris, desapareceu na madrugada de ontem. Apesar de alguns passageiros relatarem ter sentido apreensão durante o trajeto, praticamente idêntico ao do AF 447, as poucas turbulências não parecem ter tirado o sono dos brasileiros que aterrissaram às 12h (7h em Brasília) no aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, vindos de São Paulo.


"É claro que a cada vez que dava uma turbulência, todo mundo se olhava e ficava um clima silencioso de 'será que está tudo bem?'. Foi uma sensação esquisita o tempo todo, era impossível não pensar no acidente", disse o jovem Rafael Nadrus.


Ele relatou que o passageiro sentado ao seu lado escapou por pouco do vôo AF 447. Ele só não conseguiu pegar o vôo desaparecido, conforme previsto, porque teve um acidente de trânsito no domingo e acabou se atrasando. Este passageiro estava em conexão em Paris e portanto não desembarcou no aeroporto parisiense.


Casal "escapa" de AF 447
Por situação semelhante passou o casal Carla Schnitzius, 31 anos, e André Deboni, 26 anos. Recém-casados, em cerimônia realizada no último sábado, eles deveriam ter embarcado no vôo AF 447 com destino final em Atenas, onde passariam a lua-de-mel. No entanto, Deboni acabou convencendo a mulher de adiar a viagem em um dia para que os dois pudessem descansar da festa de casamento.


"Devo a minha vida a ele! Quando soube do acidente, fiquei gelada, porque nós poderíamos perfeitamente ter embarcado no vôo de ontem", conta Carla, ficando ainda mais surpresa quando soube que um casal de gaúchos, acompanhado da filha, faria o mesmo trajeto até Atenas e acabou entrando no Airbus 330 que desapareceu.


A empresária conta que por nenhum momento a companhia aérea se referiu ao suposto acidente ocorrido na véspera. "Nem no check in, nem durante a viagem, nem aqui. Como se nada tivesse acontecido", lembra. "Mas eu acho que prefiro assim, senão todo mundo teria ainda mais o acontecimento na cabeça durante o trajeto."


O primeiro vôo da Air France vindo do Brasil depois da tragédia foi um proveniente do Rio de Janeiro, que aterrissou na capital francesa às 8h10 (3h10 em Brasília). O vôo regular AF 447, que chega às 11h10 (6h10 em Brasília), não é previsto nas terças-feiras.


Hoje pela manhã, a Air France promoveu uma missa católica em lembrança às vítimas na capela do aeroporto francês. Uma nova missa está prevista para acontecer amanhã na catedral Notre Dame de Paris.


A companhia, no entanto, não se pronunciou à imprensa. A lista dos passageiros franceses não deve ser divulgada, conforme a legislação francesa, a menos que a companhia obtenha uma autorização extraordinária do procurador da República. Os familiares dos passageiros estão hospedados em hotéis próximos ao local, e continuam sendo preservadas do assédio dos jornalistas.


O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).


De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.


Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.


A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).

Governo espanhol garante colaboração nas buscas de avião da Air France

02/06/09 - 09h07 - Atualizado em 02/06/09 - 09h10

Fonte: G1

Madri, 2 jun (EFE).- O presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, enviou hoje aos Governos do Brasil e da França suas condolências pelo desaparecimento na segunda-feira de um avião da Air France, e ofereceu a colaboração da Espanha nos trabalhos de busca e resgate.


"Em tudo aquilo que o Governo da Espanha puder colaborar com o da França, sem dúvida fará com a maior entrega", disse Zapatero.


O avião Airbus A330-200 da Air France que fazia a rota Rio de Janeiro-Paris desapareceu na segunda-feira de manhã no Oceano Atlântico com 216 passageiros e 12 tripulantes.


Após destacar a "grande comoção" provocada pelo desaparecimento do avião da Air France, Zapatero expressou sua solidariedade aos familiares das vítimas.


"Sabemos o quanto é difícil", disse o chefe do Executivo espanhol, em referência - não citada - ao acidente com o avião da Spanair que se acidentou em 20 de agosto do ano passado no aeroporto de Barajas, em Madri, matando 153 pessoas.


Pouco após a notícia do desaparecimento do Airbus A330-200, um avião da Guarda Civil espanhola que estava no Senegal colaborando na luta contra a imigração ilegal foi a Cabo Verde para participar das tarefas de busca da aeronave.


Além disso, partiu da ilha de Gran Canária (no Atlântico) um Focker da Aeronáutica espanhola para se unir aos trabalhos de busca pelo avião desaparecido. EFE